O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais na noite desta quarta-feira (11) para se pronunciar sobre o comportamento da ex-presidente argentina Cristina Kirchner perante a condenação à prisão, ocorrida e mantida na última terça-feira (10). “Serena e determinada”, compartilhou o presidente aos internautas.
“Notei, com satisfação, a maneira serena e determinada com que Cristina encara essa situação adversa e o quanto está determinada a seguir lutando”, escreveu Lula.
O presidente Lula também se manifestou sobre a condenação de Cristina Kirchner, classificada por ele como uma situação “adversa”. Em declaração feita nesta quarta-feira (11), Lula afirmou que a ex-presidenta argentina “seguirá lutando” contra a decisão da Suprema Corte.
O presidente ainda destacou a importância de manter o apoio à líder peronista e expressou sua solidariedade. “Manifestei toda a minha solidariedade. Falei da importância de que se mantenha firme neste momento difícil”, declarou Lula.
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Mais cedo, o Partido dos Trabalhadores (PT) saiu em defesa da ex-presidenta argentina Cristina Fernández de Kirchner, após a confirmação de sua condenação pela Suprema Corte do país. A manifestação ocorreu nesta quarta-feira (11), mesmo dia em que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, também se pronunciou sobre o caso.
Em nota, o PT classificou Cristina como a principal liderança da oposição ao governo de Javier Milei e a definiu como a “maior vítima de violência política e lawfare da Argentina desde o retorno da democracia ao país, em 1983”.
Gleisi Hoffmann, por sua vez, afirmou que a sentença representa uma “grave ameaça” às liberdades políticas na Argentina. Ela destacou a ausência de provas concretas contra Cristina Kirchner e reforçou sua solidariedade. “A sentença de prisão e inelegibilidade da ex-presidenta Cristina Kirchner significa uma grave ameaça para as liberdades políticas na Argentina. Cristina e sua defesa sustentam que a promotoria nunca apresentou provas concretas contra ela. Nossa solidariedade a Cristina e ao Partido Justicialista que ela preside”, escreveu a ministra.
Entenda a situação de Cristina Kirchner
A Suprema Corte da Argentina manteve, em decisão anunciada na terça-feira (10), a pena de seis anos de prisão para a ex-presidenta Cristina Fernández de Kirchner, de 72 anos, por fraude istrativa.
A condenação também determina a proibição perpétua de exercer cargos públicos. Os três magistrados rejeitaram os recursos apresentados pela defesa de Kirchner. “As sentenças proferidas por tribunais anteriores basearam-se na farta prova produzida”, afirma a decisão.
Cristina Kirchner tem até cinco dias úteis para iniciar o cumprimento da pena e pode solicitar prisão domiciliar, em razão da idade.