• ATOS GOLPISTAS

    O novo revés de "Débora do Batom" no STF

    Débora Rodrigues dos Santos, que ficou famosa por pichar a estátua "A Justiça" no ato golpista de 8 de janeiro, tenta reverter condenação a 14 anos de prisão

    Débora Rodrigues dos Santos, bolsonarista que pichou a estátua "A Justiça" em 8 de janeiro de 2023.Créditos: Gabriela Biló/Folhapress
    Por
    Escrito en POLÍTICA el

    Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta sexta-feira (13) o recurso da cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, conhecida como "Débora do Batom", contra a condenação a 14 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e por pichar a frase "Perdeu, mané" na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.

    A defesa recorreu ao STF para alegar omissões a decisão do colegiado. Os advogados citaram que não foram descontados do tempo de pena os dois anos em que a acusada ficou presa preventivamente, a confissão de ter pichado o monumento e um terço de remissão da pena por horas de estudo, cursos de qualificação profissional e leitura de livros na cadeia.

    Ao analisar os argumentos da defesa, o colegiado seguiu voto do relator, Alexandre de Moraes, e negou o recurso. O julgamento virtual começou na semana ada e foi finalizado hoje.

    "Não merecem prosperar os aclaratórios que, a pretexto de sanar omissões do acórdão embargado, reproduzem mero inconformismo com o desfecho do julgamento", decidiu Moraes.

    O entendimento foi seguido pelos ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Luiz Fux.

    A cabelereira foi condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

    Em março deste ano, Débora ou a cumprir prisão domiciliar. De acordo com a legislação, mães com filhos menores de idade podem cumprir a pena em casa.

    A cabelereira é mãe de dois meninos, um de 10 anos e outro de 12 anos.

    A pena de prisão definitiva ainda não foi executada.

    Reporte Error
    Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar